São Paulo: O Benefício de Prestação Continuada
(BPC), fornecido pelo governo federal a idosos e pessoas com
deficiência, levou à redução do trabalho infantil entre as famílias
inscritas. O economista Pedro Rodrigues
de Oliveira, responsável por um estudo que avaliou os benefícios 
concedidos entre 2001 e 2008, considera que a medida traz uma série de 
impactos positivos de longo prazo para a sociedade.
A pesquisa mostrou que o recebimento do 
BPC faz com que a renda 
familiar aumente. Com isso, 
os membros mais novos da família deixam de trabalhar e passam a se 
dedicar aos estudos. “Quando você tem diminuição do trabalho infantil, 
você tem um aumento da frequência escolar”, explica Oliveira.
O BPC é um programa do Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate
 à Fome, assegurado por lei, que fornece renda de um salário mínimo (R$ 
622) para idosos e pessoas com
 deficiência e sem condições de manter-se sozinhos, que não recebam 
outros benefícios previdenciários e cuja renda familiar per capita não 
ultrapasse o equivalente a 25% do salário mínimo.
O levantamento analisou os dados da 
Pesquisa Nacional Por
Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, e  foi desenvolvido no
programa de Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), em
Piracicaba.
Oliveira explicou que, como a pesquisa ainda está em 
andamento,
não é possível dimensionar a mudança em números, mas já se pode afirmar 
que houve redução significativa do trabalho infantil entre as crianças 
que
vivem em zonas rurais, em razão da incorporação do benefício à renda da 
família do idoso contemplado. “Os idosos não moravam sozinhos, moravam com seus familiares. E com o aumento da renda houve até 
casos de familiares que passaram a morar com idosos”, completou.
Dados do governo federal de março deste ano constatam
que atualmente há 1,9 milhões de pessoas com deficiência e 1,7
milhões de idosos que recebem o BPC no Brasil.
http://www.redebrasilatual.com.br/
Por: Lauany Rosa, da Rede Brasil Atual
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Por: Lauany Rosa, da Rede Brasil Atual
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